Casa da mãe Joana

O que significa Casa da Mãe Joana?

Prepare-se para uma viagem no tempo, um mergulho fascinante nas origens de uma expressão intrigante: “casa da mãe Joana”.

Imagine-se na França do século XIV, uma época de intrigas palacianas, reviravoltas e uma rainha enigmática, Joana I de Nápoles. Tudo começou com o rei Felipe IV da França, que provocou um escândalo ao tentar cobrar impostos sobre os bens da Igreja. Essa ousadia desencadeou uma série de eventos, incluindo a excomunhão do rei pelo Papa Bonifácio VIII. E foi nesse turbilhão político e religioso que Joana entrou em cena.

Joana I de Nápoles, também conhecida como Joana de Anjou, era uma figura controversa de seu tempo. Ela reinou entre 1343 e 1382, durante um período tumultuado em Nápoles, onde várias facções políticas disputavam o poder. O que torna sua história ainda mais interessante é sua associação com bordéis na cidade de Avignon.

Joana, em um gesto audacioso, regulamentou esses bordéis em 1347. Uma de suas medidas notáveis foi decretar que todos os bordéis deveriam ter uma porta por onde todos pudessem entrar. Isso simbolizava uma casa aberta a todos, sem restrições.

No entanto, a história de Joana não se limita à regulamentação de bordéis. Ela estava envolvida em escândalos e tragédias, incluindo o assassinato de seu marido Andrew e seu subsequente exílio em Avignon para escapar da vingança de seu cunhado, o rei da Hungria, Luís I. Em um movimento surpreendente, Joana vendeu a cidade de Avignon a Clemente V, com a condição de ser declarada inocente.

Mesmo após sua morte em 1382, Joana permaneceu na memória popular como a protetora dos prostíbulos, um ícone de liberdade e desordem. A expressão “casa da mãe Joana” surgiu dessa associação, simbolizando lugares ou situações onde não há regras nem controle.

Essa história viajou pelo tempo e pelas fronteiras, chegando ao Brasil como uma expressão enigmática que captura a essência de desordem e liberdade. É uma lembrança de que as palavras que usamos têm histórias incríveis por trás delas, e a “casa da mãe Joana” é um verdadeiro tesouro linguístico que nos conecta ao passado repleto de intrigas e reviravoltas.

Então, da próxima vez que ouvir essa expressão, saiba que está compartilhando uma parte da história fascinante de Joana I e sua ousada regulamentação dos bordéis. Uma viagem no tempo através das palavras que nos lembram que a linguagem é cheia de surpresas e histórias cativantes. 💫🏰📜

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